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O Mapa da Violência em SC

11/01/2010 | N° 11832

OPINIÃO DA RBS
O mapa da violência



A violência grassa com força de epidemia em Santa Catarina. E esta afirmação não é uma figura de retórica, eis que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera “zonas epidêmicas” de violência aquelas com taxas superiores a 10 homicídios por 100 mil habitantes. No ano passado, foram cometidos 837 assassinatos no Estado, quase o mesmo número de 2008, quando foram registrados 834. Esperava-se que o índice de violência recuasse após o lançamento do Plano Estadual de Segurança em setembro, mas a julgar pelos números mais recentes pouco ou nada mudou, e alguns tipos de delitos até mesmo aumentaram.

Estudos recentes, como o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, realizado pela Rede Informação Tecnológica Latino-Americana, e os ministérios da Saúde e da Justiça, comprovam, também, que a violência, no Brasil, não está mais limita da aos grandes centros urbanos, mas se alastrou pelo interior e chegou até mesmo a pequenas comunidades com igual virulência. Esta é uma circunstância especialmente preocupante.

Os novos números confirmam Camboriú no topo do ranking estadual dos crimes contra a vida, com o índice de 64,02 assassinatos por 100 mil, seguindo-se Navegantes, (52,33), Itajaí, (36,61) e Biguaçu (33,69). Os levantamentos mais recentes também confirmam que tanto o número de vítimas quanto o de autores de homicídios vem aumentando entre a população jovem na faixa etária dos 15 aos 24 anos. A violência é maior naquelas áreas em que a presença do Estado é menor, ou seja, em áreas periféricas que muitas vezes sequer dispõem de serviços públicos elementares. Isto é óbvio, como óbvios costumam ser os comentários a respeito dos que se intitulam especialistas na matéria, embora jamais tenham colocado o pé numa dessas zonas conflagradas. Os dados da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil revelam que, no ano passado, um terço (33%) dos assassinatos foram motivados pelo tráfico de droga.

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